[poesia] A SOMBRA QUE RETORCI - MARIA JOSÉ DE FÁTIMA GOLDSCHMIDT


 

Poesia é o fogo na alma do poeta. É alento na alma do poeta. É grito na alma do poeta.

Zezé é esses três elementos. Ariana incansável. Embora Macunaíma se instale, de vez em quando, em seus ombros.

Há muito tempo que digo para ela editar suas poesias. Quase nem acredito que isto se concretizou. Ela merece. O mundo precisa de seus versos. Sóbrios, sensatos, gentis, agradáveis, alentadores. Está sempre na correria. Devagar, mas correria. “Prontidão na correria do dia, uma espécie de explosão assimilada.”, em seu próprio dizer.

Zezé é assim. Cuidadosa como se faz verso. Às vezes não também. O que importa!?

Importa é que seus versos estão atravessando as portas do tempo e chegando para nós. Quem sabe, para você e para mim, seus versos desatem alguns nós. Ou não! O que importa!?

“Quem me dera ser eu a me duvidar e contigo compartilhar o ovo e o pão da misericórdia”. Zezé é assim. Sutil, simples. Pra mim soa como uma Lispector caiçara, com maresia e noroeste que esta cidade emana. E me irmano da poesia de Zezé. Libertária, que afaga e abrasa.

“...Mas toda liberdade clama o dia”, concordo contigo Zezé. Mas se o dia....  Não importa! O que importa é que agora temos o livro de Maria José de Fátima Goldschmidt em nossas mãos.

 

Bom deleite a todos!

 por Zéllus Machado