ENTREVISTA MIAU - Priscila De Cezaro para Costelas Felinas Editora

 


Costelas Felinas entrevista a autora miau Priscila De Cezaro



1. As mídias sociais desempenham um papel para você como autora? 

No século XXI, existe uma pressão coletiva e até individual (em muitos casos) de que devemos estar em constante movimento e se atualizando, mas ainda tenho resistência no uso de algumas das novas ferramentas. Por outro lado sou uma entusiasta do avanço tecnológico em prol da melhoria na qualidade de vida e sou um ser humaninho entusiasmado por natureza, estando sempre disposto a aprender. Acredito que, num futuro próximo, eu poderei também criar e  compartilhar mais conteúdos, mas fica a impressão no mundo atual, de que sempre vai aparecer algo novo. Mundo esse, onde quase tudo é tido como substituível e descartável. Também penso que seja muito difícil acompanhar na totalidade as mudanças, o que não é nem necessário e não deveria ser uma meta por se tratar de uma fantasia. Porém considero sim importante a ampliação de interação com as pessoas que as ferramentas digitais permitem.

2. Sua obra passou por alguma mudança significativa desde o primeiro rascunho?

Não. Os meus escritos são pensamentos, delírios e inquietações, e do jeito que pintam, eu assino.

3. O título do livro sugere uma dualidade ou uma exploração de diferentes perspectivas? Você poderia falar mais sobre o conceito de "dois mundos" que permeia sua obra?

Durante muito tempo o nosso Planetinha esteve nesta perspectiva de apenas dois mundos: o dia e a noite, a sombra e a luz, o masculino e o feminino, o material e espiritual,  entre tantas coisas - do isso ou do aquilo. Vislumbro, felizmente, o nascimento de uma Nova Era, e me sinto agradecida diariamente por estar vivendo neste momento de transição planetária, mais plural, com mais diversidade, e sabemos que há muito o que se escrever, o que se debater, e muitos motivos para lutar ainda, para quem sabe fazer da nossa casa (O Planeta Terra) uma morada de amor.

  

4. O que inspirou o título da obra “Versos de dois Mundos”?

Principalmente, o que me inspirou foi essa dicotomia entre o material e o espiritual. Eu mesma me intitulo como uma Marxista Mística.

5. Em "Versos de Dois Mundos," como você espera que seus leitores se conectem com suas próprias experiências através da sua poesia? Há algum feedback específico de leitores que te marcou?

Eu apenas coloco a dúvida, pois tenho mais perguntas do que respostas. Talvez no auge da minha prepotência, eu em algum momento pergunte para mim mesma: - Será que fiz  alguma diferença na vida de alguém através dos meus escritos, delírios e inquietações?  Todo feedback tem seu lado bom, mas a melhor parte é tocar as pessoas com as palavras e perceber que é possível fazê-las ter um olhar diferente sobre a existência. É uma honra compartilhar meus delírios e minhas inquietações sobre a vida, com as pessoas, e é ao mesmo tempo um alívio. Eu realmente me sinto comprometida em propagar que existem muitos caminhos e que existem outros pontos de vista, enfatizar que existe “eu” mas existe o “outro”, e todo ser é importante no Universo.

6. Escrever uma obra é um ato fascinante, exaustivo ou os dois?

No meu caso somente uma ato fascinante.

7. A sua poesia muitas vezes toca em aspectos profundos da experiência humana. Como você enxerga o papel da poesia na busca por uma compreensão mais profunda de si mesmo e dos relacionamentos com os outros?

Eu apenas  tento inspirar as pessoas a serem melhores porque eu tento ser melhor a cada dia, e como  a vida não vem com manual de instrução, mas tem poetas, artistas, pensadores e uma cambada genial…vai se preenchendo e colorindo a vida. O que seria de nós se não fosse toda essa nossa gente fantástica que tenta fazer sua parte para melhorar a humanidade? Eu e essa gente fantástica acreditamos principalmente que generosidade, gentileza e doçura não devem jamais cair em desuso. Eu, por exemplo, vou continuar escrevendo sobre os relacionamentos, questionando a qualidade das nossas relações, ou seja causando polêmica, despertando e fazendo despertar. Meu maior  interesse é pela profundidade, pelo que está oculto, aquilo que traz luz para a consciência e que nos faz evoluir..

 

8. O que os leitores encontrarão na obra “obra “Versos de dois Mundos”?

Possibilidades.

           

9. Você já experimentou o bloqueio do autor? Como você superou isso?

Não experimentei esse bloqueio. Escrevo desde que fui alfabetizada. Às vezes procrastino, mas quando estou com vontade a palavra flui facilmente.

10. Qual sua frase de incentivo para os autores iniciantes?

Desengaveta teus escritos, seja generoso contigo e com os outros, porque as pessoas merecem te ler, porque você merece ser  lido.      

ABAIXO 02 POEMAS DO LIVRO  


VERSOS DE DOIS MUNDOS

Deixa eu escrever

Palavras tuas ideias minhas

Deixa eu escrever

Desejos meus e sonhos teus

Deixa

Que as palavras sejam nosso elo

Nossa busca

Nosso afeto

Deixa

Que tudo isso seja lido e repetido

Para que as palavras e desejos se completem

Para que sonhos e ideias sejam coisa únicas

Para que sejamos apenas um


LUZ E SOMBRA

Nossas palavras unidas.

Realmente existe algo de grandioso nelas...

Elas são luz

(Dentro de alguma dimensão)

Nós às vezes somos sombra,

E às vezes somos luz.

Isso que somos...

Gravuras que mudam de lugar.

Obra rara.

Um dia, nada de máscaras, nem fantasias.

Apenas seremos

Seres de luz e de pura energia.


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