ENTREVISTA MIAU - Fhatyma J. Carvalho para Costelas Felinas Editora
1. As mídias sociais desempenham um papel para você como autora?
Como divulgação, sim, porém, na parte
comercial, não.
2. Sua obra passou por
alguma mudança significativa desde o primeiro rascunho?
Não necessariamente, pois eu já tinha em
mente do que gostaria de abordar. No final, a fase de revisão, análise e os
cuidados com os créditos da pesquisa.
3. Como você descreve
a transformação de Praia Grande em seu livro "Praia Grande, Litoral Sul
Paulista: do Patinho Feio à Cidade de Todos"?
Procurei
abordar as mudanças que ocorreram, principalmente após a emancipação. Alguns
anos atrás, a cidade era vista como praia feia, de “farofeiros”, sem
organização. Com o passar do tempo é notória a mudança estrutural, organização,
fiscalização, principalmente na orla.
4. O que inspirou o
título da obra “Praia Grande, Litoral Sul Paulista: do Patinho Feio à Cidade de
Todos”?
Foi justamente essa mudança no decorrer do
tempo, e a cidade que escolhi viver. Podemos observar a quantidade
turistas e até mesmo novos proprietários
de imóveis escolhendo Praia Grande como destino.
5. Quais são alguns
dos pontos turísticos deslumbrantes de Praia Grande revelados em sua obra?
Procurei revelar o Portinho, local onde
famílias e amigos se encontram para lazer, churrasco; a Praça da Paz, conhecida
como Praça das Cabeças; estátua do Netuno não poderia faltar, pois sou amante
da civilização antiga grega.
6. Escrever uma obra é
um ato fascinante, exaustivo ou os dois?
Depende. Geralmente, quando se trata de
algo que requer pesquisa, temos que ter o cuidado de não plagiar, indicar as
fontes de pesquisas, bem como quando se trata de fascículos didáticos. Quando é
algo pessoal, que possa transmitir seus anseios e sentimentos torna-se
fascinante.
7. De que maneira o
livro "Praia Grande, Litoral Sul Paulista: do Patinho Feio à Cidade de
Todos" pode atrair amantes da história local e entusiasta do turismo?
O objetivo do livro foi pensando para
estudantes, como leitura complementar, porém, o público alvo pode tornar-se
maior, na medida que desperte a curiosidade sobre a cidade.
8. O que os leitores
encontrarão em “Praia Grande, Litoral Sul Paulista: do Patinho Feio à Cidade de
Todos”? E como foi o trabalho de pesquisa ao compor essa obra?
Os leitores encontrarão uma breve história
sobre Praia Grande desde seus primórdios, sua transformação e alguns pontos
turísticos. O trabalho de pesquisa não foi tão desgastante, pois, eu gosto
muito de História e me ative apenas em conferir dados, fontes, etc.
9.
Você já experimentou o bloqueio do autor? Como você superou isso?
Sim,
uma vez. Enquanto escrevia “No mar turbulento também há ondas cristalinas”, nas
passagens que eu precisava escrever momentos tristes e tensos. Fiquei alguns
dias sem escrever, mas precisava terminar. Então, superei e continuei.
10.
Qual sua frase de incentivo para os autores iniciantes?
O autor iniciante, a princípio, não deve pensar em escrever visando o lado financeiro, porque o retorno é demorado. Pense primeiro em expressar seus sentimentos, sua visão de mundo, eternizar suas palavras.
FRAGMENTO DO TEXTO DE ABERTURA DA OBRA
As terras que pertencem, atualmente, ao
município de Praia Grande, no Litoral Sul Paulista, pertenciam, antigamente, à
capitania de São Vicente que, tempos depois, virou capitania de São Paulo e,
séculos mais tarde, estado de São Paulo.
O rei de Portugal entregou a capitania de São Vicente a um nobre chamado Martim Afonso de Souza, que esteve na região, explorando o território e fundando vilas, entre os anos de 1532 e 1533. Depois disso, nunca mais voltou. Ficou envolvido com expedições que iam para as Índias em busca de riquezas para vender na Europa. Quem administrava a capitania era sua esposa, que enviava outros administradores. Os mais antigos habitantes do Brasil são os povos indígenas. Os estudiosos chamam estes povos antigos de Cultura Sambaqui. Os sambaquis são sítios arqueológicos deixados por povos pré-históricos que habitavam a costa brasileira de, aproximadamente, 8 mil anos atrás, muito antes dos tupis-guaranis. Esses sítios são geralmente compostos por ossos de peixes, pássaros e mamíferos, além de conchas de moluscos e outros materiais orgânicos; também são conhecidos por casqueiras, caieiras ou caleiras, ostreiras ou berbigueiras, concheiras.